quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

"...Obama Bafana! e coisas vagas e tals..."

Soam as trombetas!

Aquele que recebeu o título nobre (ou "nobrel") da paz carrega sua tropa com mais 30.000 homens à frente de batalha. A guerra é contra quem mesmo? Contra Esparta? Contra o autoritarismo? Contra o terror? Contra a própria pregação? Um prego contra as mãos de um Cristo cansado de pagar pelos pecados da humanidade? Contra a própria humanidade?

É desumano lutar com forças tão discrepantes.
O Rei já não é tolo e não fica apenas dando risadas do bobo.
O bobo já não ri há tempos... se é que em algum dia ele riu.
O rio de sangue só comprova a tese de que somos fracos e de carne e osso.
"E esse é quem? Yes we can?" Um sonante em dois mundos...
O sujo, o mal-lavado... lavrando palavras aos quatro cantos.
É! É realmente "osso" pensar que temos o poder...

Nem ao menos nos controlamos. E digo isso por mim. Praticamente descontrolado em meio ao turbilhão de sentimentos que consomem cada fio de luz neuronal.
Parado ali! Pronto para enfrentar um desafio e tanto. Concentrado e com os olhos focados na terra (que posso não mais pisar). E ao longe, ouço aquele doce canto. Não sei se é grito inimigo ou se de tão puro me deixa aflito.
Eu me lembro dele... do tom... do som... a guerra era mesmo contra Esparta? Era antiga... será que era Tróia?
Era
Helena! Logo o coração parou diante da voz serena de quem nada quer e tudo leva.
A mais bela de todas as mulheres... parada bem ali... num jeans moderno e toda a fúria de um amor nocivo nos olhos... quase vermelhos de insônia...

Era preciso voltar à realidade. A guerra está lá fora e não é Esparta, não é Athenas e não me é mais, Helena. O helenismo é nova ordem mundial em forma de globalização. São os persas? Talvez sim, mas coincidência apenas... nada que a história não repita.

Um "
Rei que pode" e todos nós sabíamos que ele podia. Só não sabíamos que faria como fizeram os outros. Uma globalização feudal que acelera o crescimento e diminui cada vez mais os oprimidos... não na força de vontade e de reconhecimento, mas na força bruta, na força do "quem fode mais" quando aperta um gatinho, um botão.

Somos todos soldados e guardiões das nossas crenças, nossas esperanças. Esperando a mudança alheia... que não muda nada. Porque os discursos ainda são os mesmos, sem força, sem herança.
E não falo mais da herança da cor, da raça, mas da herança maldita de uma força muito superior, que há de devastar o mundo num futuro próximo: o Dinheiro... o domínio financeiro.

E todos os sistemas novamente partirão do ZERO. O zero em caixa, zero em crédito e débito, zero em tecnologia, zero em condições humanas de sobrevivência, zero em paz, mas zero em guerra.

Um Zero com aquela velha e saudável forma redonda... sem arestas... sem polos... praticamente neutra.
"Neutra" como deveriam ser as pessoas. Sem conflitos, sem Gana, sem atritos... somente explodindo em gritos: "Bafana, bafana!!!" ... porque isso sim é realmente bacana!

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